quinta-feira, setembro 29, 2016

Sobre o derradeiro fim da "Campanha Alerta" e outras questões

Aparentemente, algumas discussões são como o vinho: com o tempo, azedam. Espero que a Choosing Wisely Brasil seja capaz de ir mais longe que a Campanha Alerta.

LEIA AQUI ENTREVISTA DE GUILHERME BARCELLOS PARA SLOW MEDICINE BRASIL. 

terça-feira, setembro 13, 2016

How the Sugar Industry Shifted Blame to Fat

Matéria mostra como, mais uma vez, moldou-se a "ciência". Neste caso, muito fortemente contra o bem público. A descoberta foi feita por um investigador da Universidade da Califórnia São Francisco, e publicada na revista científica JAMA.

Stanton Glantz cavou cinco décadas de documentos sobre a relação entre nutrição e doenças cardiovasculares para concluir que muitas das recomendações alimentares em voga atualmente vêm de pesquisas falsas encomendadas pela indústria.

"Os documentos mostram que a indústria do açúcar, reunida hoje num grupo chamado Sugar Association, pagou a três cientistas da renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o equivalente a US$ 50 mil dólares (cerca de R$ 162 mil) para publicarem sobre gordura e doenças do coração".


segunda-feira, setembro 12, 2016

Oncologistas nos EUA têm relações perigosas.


Ao escolher formas de tratar os muitos tipos de câncer, o mundo inteiro observa as recomendações de um seleto grupo de médicos americanos – os integrantes da Rede Nacional Abrangente de Câncer (National Comprehensive Cancer Network, NCCN) dos Estados Unidos. Mas uma pesquisa divulgada mostrou que 86% dos médicos da rede, que participam da elaboração de diretrizes para tratar câncer nos Estados Unidos, entram em situações de conflitos de interesse em suas relações com a indústria farmacêutica.

terça-feira, setembro 06, 2016

Ao questionar peça publicitária, evento perdeu patrocínio.

Organização havia confirmado patrocínio a evento organizado por amigos curitibanos, no qual o tema uso racional de medicamentos e tecnologias figura como central. No andamento, solicitaram inserção de propaganda incentivando pessoas saudáveis a procurem o hospital para check-up cardíaco. Organizadores sugeriram outra ideia. Hospital ameaçou retirar o patrocínio. Organizadores tentaram explicar melhor. Hospital retirou patrocínio.

Percebam como estas relações são complexas:

Porque os organizadores não cederam são pessoas de bem ou que, certas ou erradas, ao menos têm o discurso em sintonia com a prática. O contrário é assim tão simples?

Se estivessem "com a corda no pescoço", com risco de prejuízos financeiros ou de não viabilidade do evento, relativizar, aceitando algo questionável como forma de garantir o todo, faria delas pessoas do mal? Qual o limite entre certos e errados nestas situações?

Quando surgem os escândalos, tudo sempre parece muito claro. Aaaaahh, mas na vida como ela é...

Leituras sugeridas:

Médicos ”loteiam” eventos para a indústria

Texto dos editores publicado na Revista Ser Médico, do Cremesp (possíveis soluções)
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